Na boa, há muito não ficava tão emocionada! Por dois dias minha time line ficou repleta de manifestações de carinho, agradecimentos e pêsames ao Sr. Roberto Bolaños, vulgo Chaves. Familiares, amigos, mas os mais comoventes foram os depoimentos de alunos de todas as idades, sexo, cores e credos. Nunca curti tanto, tanta coisa linda de se ler.
A mais repetida: "Obrigada por tornar minha infância mais feliz."
Olhando as fotinhas de perfil, vi alguns que já são pais, outros em vias de sê-lo, outros bem crianças ainda, fez-me um nó na garganta. Foi surgindo em minha retina cenas de sala de aula. "då para parar de fazer isso?" "Foi sem querer, querendo, prô", ou ainda , quando eu os ameaçava dizendo que faria uma prova cavernosa, sempre diziam, "prô, lembre-se: A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena". Mas, uma que eu sempre caía: "Menino o certo é Cérebro! ". " E o que eu falei?" "Celébro"? E como é que ê?" Confesso que essa sempre me tirava do sério, até um dia que eu respondi: "Oh, Cale-se, cale-se, cale-se, assim você me deixa louca!" E, então, caíamos todos na gargalhada.
A universalidade do humor alcançada por Chaves jamais respeitou fronteira alguma!
Mas, lembrem-se meus amados alunos, sexta-feira faleceu Roberto Bolaños, o criador do Chaves, o Charles Chaplin da América Latina. Ele já estava velhinho, vivia em cadeira de rodas, cansado, 85 anos! Que o Senhor o receba em sua Glória! Não fiquem tristes, queridos alunos, porque o Chaves, o garotinho que mora no barril e ama sanduíche de presunto, esse jamais morrerá.
Afinal, desde os anos oitenta, estamos a assistir reprises sempre e ainda rindo! E, ele nunca morrerá porque ele viverá através do sorriso aberto dos seus filhos, netos, bisnetos, trisanetos, enfim, ele morreu, mas não perdeu a vida!
0 comentários. Clique aqui para comentar.:
Postar um comentário