Tudo uma questão de empatia!

          Na boa, Tudo na vida  é uma questão de empatia!
        A forma como as pessoas nos são apresentadas,  tem grande peso para determinar a forma como  elas marcarão nossas vidas.
          O ano era o de 1982. Tinha dezesseis anos! Eu não andava, flutuava! Flutuava nas nuvens que compunham os meus sonhos. Era uma vontade louca de abrir voo (nossa, como a palavra vôo ficou sem graça sem o acento). Uma esperança louca de que só coisas boas traria. Lembro- me bem, quando meu tio Paulo comentou o filme. "Bom filme, tem atrativos tanto pra gente, quanto pra vocês,  garotas. Trata- se de um cara que tenta a todo custo tornar- se oficial da Marinha Americana. Tem lutas, beijos e música romântica que até está concorrendo ao Oscar, você vai gostar."
          Convidei minha amiga Dulcineia  e fomos numa quarta-feira ao cine Vitória em São Caetano, assistir ao filme: "A força do destino".
           Deveria ter anotado o dia e o mês! Deveria ter mais detalhes desse dia!
         Nessa época não apresentavam trailers antes do filme e sim lindas jogadas de futebol! Naquele  telão , nossa, eu e minha amiga só na captura das coxas mais bonitas, Leão e o Juninho do Fluminense ganhavam sempre!
           Começa  o filme já meio estranho, parece um ménage à trois. Dulcineia me apertou a mão, eu olhei ao redor, fiquei satisfeita que não havia ninguém perto. Mais tranquila, olhei pra tela.  Então, deparei-me com a cena fatal. Uma cena divisora de águas. A cena do antes e depois. A cena que me aprisiona até hoje! Um cara podre de lindo. Quer dizer, não era uma beleza tipo Pitt ou Cruise.  É que a sensualidade  dele era tão pulsante que o tornava lindo, lindo!
            Na cena, ele encobria com uma mega esparadrapo, uma tatuagem. A tatuagem de uma águia! E que bíceps!
            "Que ator é esse? Dulce, que. cara. é. esse?"
            "Psiu, quieta, logo a gente descobre  nos dígitos".
            O filme foi rolando e  eu já me tornando um caso perdido. A forma como fomos apresentados foi tão assim chocante, tão assim devastador que fiquei meses sonhando com ele. Com ele atravessando o pátio do colégio, de uniforme e quepe. Enquanto ele atravessava o pátio, as minas todas olhando pra ele, só que o olhar dele era só pra mim, passava pelas minas lindas e maquiladas e ele indo ao meu encontro e eu, a de cara lavada, a sardenta, paralisada, só esperando, esperando, esperando e ele chegava pertinho, colocava o quepe na minha cabeça, me pegava no colo e fazia  todo o caminho de volta, a turma toda aplaudindo. Ô sonho bom! Ô sonho delicioso, tinha até trilha sonora, Up Where We Belong -Joe Cocker, claro! Prêmio de melhor canção! 
              Por isso digo, a forma como ele me foi apresentado, que "Gigolô americano", que nada! Que "Uma linda mulher" o quê!
           Foi do jeito que contei, foi desse jeito que aconteceu! Foi assim que me foi apresentado Richard. Foi assim que me apaixonei completamente por Gere, Richard Gere! Ãin!  Que me desculpe, Bardem, que me desculpe, D' Peyrac, que me desculpe, Cavill. Sempre será ele, eternamente ele! 


2 comentários:

  1. Nossaa.. Até mesmo nos dias atuais. Quem não se derreteria por Richard Gere?

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  2. Nossaa.. Até mesmo nos dias atuais. Quem não se derreteria por Richard Gere?

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