Na boa, está
chovendo pedidos para que eu fale sobre um tema de redação bastante recorrente
em exames de seleção para cargos nas empresas, vestibulares ou até como
atividade no curso em que esteja matriculado. Este tema tão difundido é: “Quem sou
eu?”
O que você precisa saber sobre esse tema:
1-
Você
tem que ter em mente que esse tema trata-se da produção de um texto descritivo,
ou seja, você fará uma descrição de si mesmo.
2-
Lembre-se na descrição não basta fazer uma descrição
à risca, ao pé da letra, onde quanto maior a quantidade de palavras descritas,
melhor. Não, não é assim. Você precisa destacar em você características que
sejam mais expressivas, das qualidades que te diferem das outras pessoas. Pormenores
que mexerão com a imaginação de quem lê. Você precisa transmitir emoção ao
leitor.
3-
Ao se descrever pense em “como” você é e nunca
“o que você é.
4-
Você
precisa descrever a si mesmo levando em conta não só o visual, mas também, suscitando
outros sentidos como olfato, tato, o paladar e até o sexto sentido. Por exemplo:
procure descrever-se sobre o
tom de sua voz, do perfume que de você exala, das sensações de calor, , insinuações, dos
sentimentos que você quer transmitir.
5-
Como eu faço isso? Fale sobre algo
singular em você, algo único que te faria reconhecer entre tantas outras
pessoas. Pode ser um jeito de falar. A cor dos olhos. Algo que você curta muito
e que faz questão que todos saibam.
6-
Pense que você está fazendo um retrato
falado de como ser identificado por alguém, que sem o conhecer o estivesse
esperando no aeroporto.
7-
Use e abuse das metáforas, comparações.
Machado de Assis dá vários exemplos, um deles é que Capitu tinha olhos oblíquos
e dissimulados. Olhos de ressaca. José de Alencar falava que Iracema
tinha os lábios virgens com gosto de mel e os cabelos tão negros como as asas da
graúna.
8-
E, por fim, ao escrever, esqueça que está escrevendo para psicóloga
de uma empresa ou um professor que corrigirá sua prova. Imagine alguém próximo a
você. Assim, você não se sentirá tão exposto e a redação fluirá naturalmente.
9-
Você pode escrever seu texto em verso ou em prosa.
Veja alguns exemplos:
“Eu não tenho culpa de comer quietinho
No meu cantinho boto pra quebrar
Levo a minha vida bem do meu jeitinho
Sou de fazer, não sou de falar
Eu não tenho culpa de comer quietinho
No meu cantinho boto pra quebrar
Levo a minha vida bem do meu jeitinho
Sou de faze,r não sou de falar...”
(Mineirinho – Grupo Só pra Contrariar)
No meu cantinho boto pra quebrar
Levo a minha vida bem do meu jeitinho
Sou de fazer, não sou de falar
Eu não tenho culpa de comer quietinho
No meu cantinho boto pra quebrar
Levo a minha vida bem do meu jeitinho
Sou de faze,r não sou de falar...”
(Mineirinho – Grupo Só pra Contrariar)
"Sou o Acis, com "C", natural de São Luiz Gonzaga, RS, descendente de família de pequenos agricultores, nasci e fui criado na região denominada Vista Alegre, local que tenho boas lembranças: o ronco do bugio ao anoitecer, a festa dos tucanos, das pombas do mato, das lebres, dos tatus, das pescarias de lambaris e jundiás, enfim onde a Natureza já aconteceu. Há alguns anos, saí daquele recanto e cheguei em Porto Alegre, objetivo: estudar e trabalhar, conseguindo graduar-me em Direito pela Unisinos, em 1993. Também tenho formação em Enfermagem do Trabalho e desenvolvo minhas atividades na área de saúde ocupacional e gosto desse trabalho.Como lazer, aprecio regar o jardim da minha casa, bons filmes, leitura de jornais, livros, revistas e, principalmente a telinha na internet. Passear, pedalar e caminhar considero um bom lazer. Praia, sol, frio, chuva, tudo na hora certa é muito bom. Sonho com uma sociedade mais justa e que ofereça oportunidades para o desenvolvimento de todas as pessoas. Afinal, todos merecem... só uns poucos não querem ver...
Obrigado pela visita.
Volte sempre."
(Extraído de um Fórum de Universitários na web)
(Extraído de um Fórum de Universitários na web)
"Algumas pessoas afirmam que saber
mentir é um dom natural de certas profissões. Nesse caso, as mesmas pessoas
citam publicitários e advogados como ícones desse “folclore” à parte que me
toca. O fato é que há tempos eu tenho certeza de que não vou voar se tomar
RedBull, não fui a confidente da Barbie e nem encontrarei nenhuma vaca nas
baladas porque eu também tomo Toddy. Incrível o poder da propaganda. Eu sei
tudo isso, mas continuo consumindo esses produtos. Não só pela qualidade,
talvez pelo sonho que a mágica propaganda levou a minha cabeça. Isso, nessa
ordem ou, em ordem alguma.O mais interessante é que não existe a lâmpada mágica
da criatividade. Ninguém compra revista pra ver anúncio, e nem chega cansado do
serviço, liga a TV e espera ansiosamente os próximos reclames do “plim-plim”.
Talvez aí o sonho se esconda. E sonho não tem lógica, tem desejo. Sonho pode
ser surreal, mas não é mentira.Fico satisfeita por despertar sonhos e a vontade
de ter algo melhor, mais moderno, mais próximo. Ter a certeza de que aquilo que
vejo, é fruto do desejo muitas vezes inconsciente, mas que precisou daquele
empurrãozinho de 30” para despertar. Imagine só as possibilidades ao alcance de
nossas mãos. Critério indispensável, arte e ética. Pra dar certo, precisa de
talento para aplicar a técnica. Eu permito ao meu sonho menos surreal a sua
realização.Ao avesso assim, espero que com final feliz. Muito trabalho e
algumas noites sem sono. À luz da nossa participação no show da vida que sempre
apresenta algo inusitado e apaixonante, sonho aqui é desejo, lembra? Nenhuma
mentira vai impedir essa realidade. Temos muito a fazer e a agora é a hora. Sem
mais clichês para o momento, vamos à parte que (aff...) interessa."
(Ana Paula Maciel - Belo Horizonte,
fevereiro, 2008 – Carta de apresentação de uma publicitária, pleiteando um
cargo em uma agência)
"Já no lugar
dos olhos, que eram belos,
tenho um buraco atônito e apagado;
Já rosas de gangrena me hão tocado,
comendo-me as raízes dos cabelos;
tenho um buraco atônito e apagado;
Já rosas de gangrena me hão tocado,
comendo-me as raízes dos cabelos;
Já os dentes me
caíram, amarelos;
Já o meu nariz é um osso cariado;
Já o meu sexo é um trapo amarfanhado;
Já o meu ventre são bichos aos novelos;
Já o meu nariz é um osso cariado;
Já o meu sexo é um trapo amarfanhado;
Já o meu ventre são bichos aos novelos;
Já as minhas carnes
moles despregaram;
Já a língua inútil se me apodreceu;
Já a terra se fendeu por me aceitar;
Já milhões de pés vivos me pisaram;
Já a língua inútil se me apodreceu;
Já a terra se fendeu por me aceitar;
Já milhões de pés vivos me pisaram;
Filho do pó, já o
próprio pó sou eu...
Mas, ao terceiro dia, hei de acordar!
(Poema de José Régio)
Mas, ao terceiro dia, hei de acordar!
(Poema de José Régio)
Amei o que vc aconselhou
ResponderExcluirVou fazer vestibular terça,terá uma redação,ops! quero me dá bem nessa!!!
ResponderExcluirEspero que tenha ajudado.
ExcluirParabéns ,muito obrigado ajudou muito!
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